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Mohammed Omar (em pachto: ملا محمد عمر; Nodeh, c. Kandaar, 1960 – Karachi, 23 de abril de 2013), chamado simplesmente de Mulá Omar, foi o líder do Talibã, movimento radical islâmico do Afeganistão, e chefe de Estado de facto do país de 1996 a 2001 sob o título oficial de Chefe do Conselho Supremo. Também manteve o título de Miralmuminim ("Comandante dos Fieis"), utilizado no Emirado Islâmico do Afeganistão. Foi procurado pelas autoridades dos Estados Unidos por "dar guarida a Osama bin Laden e à sua rede Alcaida nos anos que antecederam e no período durante e imediatamente posterior aos ataques de 11 de setembro." Acreditava-se que estava conduzindo o Talibã em sua guerra contra o governo de Hamid Karzai e as tropas internacionais da OTAN no país a partir do Paquistão.
Nascido em uma família pobre, sem ligações políticas, Omar se juntou aos Mujahideen afegãos em sua guerra contra a União Soviética e a República Democrática do Afeganistão comunista durante a década de 1980. Ele fundou o Talibã no ano de 1994 e, em 1995, conquistou grande parte do sul do Afeganistão; em setembro de 1996, o Taleban tomou Cabul, a capital do país. Durante seu mandato como emir do Afeganistão, Omar raramente deixou a cidade de Kandahar e raramente se encontrou com estrangeiros. Ele era conhecido por falar pouco e viver em condições bastante simples.
Apesar de seu cargo político e de ter sido uma das pessoas mais procuradas pelo FBI (embora não presentemente na lista dos dez foragidos mais procurados) pouco se sabe sobre ele e sobre sua vida. Antes de sua morte, apenas uma foto conhecida existia dele. Após sua morte, o Talibã divulgou uma foto que mostrava Omar em sua juventude em 1978. Além do fato de que ele havia perdido um olho durante a guerra contra a União Soviética, relatos de sua aparência física afirmam que Omar era fortemente construído e alto, com cerca de 2 metros de altura. O mulá Omar foi descrito como tímido e não falador com os estrangeiros.
Durante seu mandato como emir do Afeganistão Omar saiu poucas vezes de Candaar, e raramente se encontrou com forasteiros, preferindo confiar em seu Ministro do Exterior, Wakil Ahmed Muttawakil, para a maior parte das necessidades diplomáticas.
Segundo o governo oficial afegão em Cabul, Omar teria morrido de tuberculose em 23 de abril de 2013.